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É você
Só você
Que na vida vai comigo agora
Nós dois na floresta e no salão
Nada mais
Deita no meu peito e me devora
Na vida só resta seguir
Um risco, um passo, um gesto rio afora



pelo inferno e céu de todo dia
pra poesia que a gente não vive
transformar o tédio em melodia
ser teu pão, ser tua comida
todo amor que houver nessa vida
e algum veneno antimonotonia


" - Estamos perdendo tempo. Não viu que a pipa está indo para o outro lado?
Hassan trincou uma amora.
- Está vindo pra cá - respondeu
Eu mal podia respirar e ele nem parecia cansado.
- Como pode saber? - perguntei
- Eu sei
- Como?
(...)
- Já menti pra você, Amir agha?
De repente, resolvi implicar com ele.
- Sei lá - respondi. - Já?
- Mil vezes comer cocô! - exclamou ele com ar indignado.
- De verdade? Você faria isso?
(...)
- Faria o quê?
- Comer cocô, se eu mandasse - respondi. (...)
- Se você mandasse, faria, sim - disse ele afinal, olhando bem para o meu rosto. Baixei os olhos. Foi aí que descobri como é difícil olhar diretamente nos olhos das pessoas como Hassan, essas pessoas que dizem sinceramente o que pensam. - Mas fico imaginando... - acrescentou ele. - Será que algum dia você me mandaria fazer uma coisa dessas, Amir agha?
E, com isso, Hassan me propôs um pequeno teste. Se eu ia provocá-lo, desafiando sua lealdade, ele ia fazer o mesmo, pondo em prova a minha integridade.
(...)
- Não seja idiota, Hassan. Você sabe muito bem que eu não faria isso!
(...)
- Eu sei - disse ele.
E esse é o problema das pessoas que são sinceras: acham que todo mundo também é."

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