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Autor desconhecido
Certa vez um soldado disse ao seu tenente:
— Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor, solicito permissão para ir buscá-lo.
— Permissão negada! Replicou o oficial. Não quero que arrisque a sua vida por um homem que provavelmente está morto. O soldado, ignorando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo.
O oficial estava furioso:
— Já tinha dito que ele estava morto! Agora perdi dois homens! Diga-me: Valeu a pena trazer um cadáver?
E o soldado, moribundo, respondeu:
— Claro! que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pôde me dizer:
— Tinha certeza que você viria...!

"AMIGO É AQUELE QUE CHEGA QUANDO TODO MUNDO JÁ SE FOI."

Lenda Árabe
Malba Tahan


Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, um determinado ponto, discutiram e um deles acabou sendo esbofeteado. O ofendido escreveu então na areia.

"Hoje, meu melhor amigo me bateu no rosto".

Seguiram viagem e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. Não demorou muito e o que havia sido esbofeteado começou a afogar-se, mas foi prontamente salvo pelo companheiro. Tão logo recuperou-se, pegou a adaga e escreveu numa pedra:

"Hoje, meu melhor amigo salvou-me a vida".

Intrigado, o outro perguntou:

"Porque, depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreve na pedra?"

Ao que outro respondeu:

"Quando um amigo nos ofende, devemos registrar o fato na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam logo de apagar. Contudo, quando nos fazem algo grandioso, devemos gravar a ocorrência em local indestrutível, onde vento nenhum do mundo pode desmanchar".

Quadrilha
Carlos Drummond de Andrade


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história.

A Vida segundo Charles Chaplin
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho
que o verdadeiro ciclo da vida está de trás pra frete. Nós deveríamos
morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser
chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e
ir
trabalhar.

Então você trabalha 40 anos até ficar novo pra poder aproveitar a
aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se
prepara para a faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas,
vira
criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho no
colo,
volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida
flutuando...
e termina tudo com um ótimo orgasmo. Não seria perfeito?

Anônimo 12/07/06 Eu tenho andado por caminhos, por estradas sombrias
que levam terror ao peito, Eu tenho examinado as profundezas
do ódio interior e escalado o cume da Destruição.

Para cada segredo desvendado, para cada poder aprendido
Eu tenho vendido retalhos de minha alma, sem me importar como ela é queimada.
E continuo buscando a mais alta sabedoria muito pouco tendo atingido.
Embora eu a tenha encontrado, isto me deixou - partido, condenado e esgotado.

Agora eu encontrei este poder mais que maldito.
Meu espírito queima a cada magia e cada verso irreverente.
A despeito da força e do conhecimento absorvido, eu tenho pago pesados custos,
Nunca deveria ter trocado o poder por minha alma imortal

Sou também como a água.
Nenhuma barreira poderá represar-me e impedir que me torne um grande oceano.
Se barrarem a minha passagem colocando grandes pedras no meu leito,
Converter-me-ei em torrente, em cachoeira, e saltarei com impetuosidade.
Se me fecharem todas as saídas, eu me infiltrarei no subsolo.
Permanecerei oculto por algum tempo, mas não tardarei em reaparecer.
Em breve estarei jorrando através de fontes cristalinas
para saciar deliciosamente a sede dos transeuntes.
Se me impedirem também de penetrar no subsolo,
eu me transformarei em vapor, formarei nuvens e cobrirei o céu.
E, chegando a hora, atrairei furacão, provocarei relâmpagos e trovões.
Desabarei torrencialmente, inundarei e romperei quaisquer diques.
E serei finalmente um grande oceano.

Masaharu Taniguchi

Reverência ao Destino
Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.
Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.
Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.
Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.
Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus". Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...
Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.
Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.
Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas...
Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.
Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.
Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.
Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.
Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.
Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.
Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.

Carlos Drummond de Andrade

Na tradição celta existe um belo entendimento do amor que resume-se a uma palavra: "anan cara". Anam é a palavra gaélica para alma e cara é a palavra para amigo.
Na vida de todos, existe uma grande necessidade de um anam cara, um amigo da alma. Neste amor, somos compreendidos tal como somos, sem máscara ou afetação. As mentiras e meias-verdades superficiais e funcionais das relações sociais se dissolvem e pode-se ser como realmente se é.
O amor permite que a compreensão se manifeste, pois quando se é compreendido, fica-se à vontade. A compreensão alimenta a relação. Quando nos sentimos realmente compreendidos, sentimo-nos desembaraçados para nos libertar à confiança e abrigo da alma da outra pessoa.

Achei interessante,porém muito triste...
Vou postar e nunca mais ler...



Existiu um Lenhador viúvo que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite.

Ele tinha um filho lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.

Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho.
Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada.

Os vizinhos do Lenhador alertavam que a Raposa era um bicho, um animal selvagem, e portando, não era confiável.

Quando ela sentisse fome comeria a criança.

O Lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem.

A raposa era sua amiga e jamais faria isso.

Os vizinhos insistiam:

- "Lenhador abra os olhos ! A Raposa vai comer seu filho."

- "Quando sentir fome, comerá seu filho !

Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários ao chegar em casa viu a Raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada...

O Lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa...

Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranquilamente e ao lado do berço uma cobra morta...

O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos.


Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar...

E principalmente não tome decisões precipitadas...


26/08/06 Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa.Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.


Oscar Wilde

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